Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte
   
  Engenharia Genética
  Organismos Transgénicos
 

Quando se aborda o tema dos transgénicos, é necessário fazer a distinção entre organismos transgénicos e organismos geneticamente modificados (OGM). Enquanto nos primeiros adiciona-se um gene de um organismo noutro, nos segundos, também se incluem aqueles em que apenas se modifica o genoma do próprio organismo ( delecções ou transversões, por exemplo). Esta diferenciação é necessária pois muitas vezes em debates ocorre a confusão. Desta forma, os transgénicos são obtidos pela tecnologia de DNA recombinante onde se adiciona um gene com o objectivo de transmitir uma característica específica. De entre as propriedades adicionadas destaca-se aumento de resistência a pragas e doenças, aumento da tolerância a herbicidas e condições climáticas e alterações na composição.

Os organismos transgénicos mais conhecidos pela população em geral pertencem à área alimentar:

  • Milho BT- resistente ao ataque de alguns insectos;
  • Soja Roundup Ready- resistente ao herbicida Rounup;
  • Tomate e morangos- resistentes a baixas temperaturas;
  • “Golden rice”- acumula b–caroteno no endosperma.

A utilização destes produtos desde o início tem sido envolta de polémica. Não é a primeira vez que se ouve que um grupo de activistas se manifestou contra o cultivo e produção destes organismos. Como em tudo, há benefícios e malefícios que é necessário ter em conta.
                                          

  Vantagens:

  • Melhoramento nutricional dos alimentos - importante para a subnutrição nos países subdesenvolvidos;
  • Benefícios económicos para os agricultores – menor gasto em herbicidas, pesticidas, maquinaria e aumento da colheita;
  • Produção de compostos com acção farmacológica;
  • Resistência a determinados factores ambientais e a pragas.

 
Desvantagens:

  • Alergias alimentares - formação de novas proteínas;
  • Eliminação da biodiversidade;
  • Dependência de um pequeno número de empresas;
  • Possibilidade de transferência génica para outras plantas com efeitos não desejáveis (pode afectar espécies benéficas);
  • Desconhecimento das consequências a longo prazo.
 
 
  ENGENHARIA GENÉTICA  
 
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