Quando se aborda o tema dos transgénicos, é necessário fazer a distinção entre organismos transgénicos e organismos geneticamente modificados (OGM). Enquanto nos primeiros adiciona-se um gene de um organismo noutro, nos segundos, também se incluem aqueles em que apenas se modifica o genoma do próprio organismo ( delecções ou transversões, por exemplo). Esta diferenciação é necessária pois muitas vezes em debates ocorre a confusão. Desta forma, os transgénicos são obtidos pela tecnologia de DNA recombinante onde se adiciona um gene com o objectivo de transmitir uma característica específica. De entre as propriedades adicionadas destaca-se aumento de resistência a pragas e doenças, aumento da tolerância a herbicidas e condições climáticas e alterações na composição.
Os organismos transgénicos mais conhecidos pela população em geral pertencem à área alimentar:
- Milho BT- resistente ao ataque de alguns insectos;
- Soja Roundup Ready- resistente ao herbicida Rounup;
- Tomate e morangos- resistentes a baixas temperaturas;
- “Golden rice”- acumula b–caroteno no endosperma.
A utilização destes produtos desde o início tem sido envolta de polémica. Não é a primeira vez que se ouve que um grupo de activistas se manifestou contra o cultivo e produção destes organismos. Como em tudo, há benefícios e malefícios que é necessário ter em conta.
Vantagens:
- Melhoramento nutricional dos alimentos - importante para a subnutrição nos países subdesenvolvidos;
- Benefícios económicos para os agricultores – menor gasto em herbicidas, pesticidas, maquinaria e aumento da colheita;
- Produção de compostos com acção farmacológica;
- Resistência a determinados factores ambientais e a pragas.
Desvantagens:
- Alergias alimentares - formação de novas proteínas;
- Eliminação da biodiversidade;
- Dependência de um pequeno número de empresas;
- Possibilidade de transferência génica para outras plantas com efeitos não desejáveis (pode afectar espécies benéficas);
- Desconhecimento das consequências a longo prazo.
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